terça-feira, 31 de agosto de 2010

por: Paola Oliveira.

Quando criança, os contos de fada transformam a menina em princesa à espera de seu príncipe encantado, que um dia em seu cavalo branco irá lhe resgatar. Quando adolescente, as novelas, os filmes, os livros de romance tornam a jovem, a mocinha, que apesar das armações dos vilões, sempre acaba ao lado do mocinho. Quando adulta, apesar das experiências contrárias, a mulher ainda se prende as esperanças de menina quanto ao amor. Tenho a impressão de que desde cedo, nós, mulheres, somos levadas a acreditar no "amor perfeito", ensinadas a esperar incansavelmente por ele. Passamos a vida esperando o nosso final feliz, e de tanto esperar pelo fim nem chegamos a começar. Quando escrevo isso não quero causar polêmica, ou que pensem que não acredito no amor. Eu acredito no amor. No que eu não acredito é no "amor perfeito", esse eu deixo para o mundo onde tudo é ficção, onde as pessoas não passam de personagens, e suas histórias não passam de histórias inventadas. O amor que de tão oposto a perfeição muitas vezes acaba se confundindo com ela, esse eu realmente aprecio. O amor tão imperfeito quanto aqueles que amam, o amor real.

Nenhum comentário:

Postar um comentário